O Petróleo é uma das principais matérias-primas e a mais importante fonte de energia do mundo na atualidade. Por ele, disputas econômicas ocorreram, guerras foram travadas e muito se investiu. Por se tratar de uma fonte de energia não renovável, sua disputa entre as diferentes nações acirra-se a cada dia.
Ao contrário do que muitos pensam, o petróleo não é importante somente para a produção e consumo de energia. É também uma matéria-prima de grande relevância econômica, utilizada na produção de plásticos (um dos materiais mais importantes na etapa atual da tecnologia), asfalto, borracha sintética, entre outros produtos.
Como se sabe, esse recurso natural é um tipo de combustível fóssil. Isso significa que sua origem remonta à decomposição de fósseis de animais. A pressão das diversas camadas de sedimentos depositados sobre restos orgânicos que acumularam no fundo do oceano transformou os restos orgânicos em uma massa homogênea, de consistência viscosa e de coloração negra, denominada de petróleo. Ao ser extraído, ele precisa ser primeiramente refinado e, só então, utilizado como matéria-prima ou combustível.
Refinaria de Petróleo
Apesar de ter sofrido um decréscimo nos últimos anos, com cerca de 35% do total, o petróleo ainda é a fonte de energia mais consumida no planeta. Estima-se que as reservas atuais ainda sejam suficientes para mais 50 ou 60 anos, considerando os padrões de consumo atuais, que devem diminuir em um futuro próximo. Além de não renovável, essa fonte de energia é má distribuída, concentrando 60% de seu volume no Oriente Médio, o que explica, em partes, a instabilidade política dessa região.
Entre as reservas mundiais, existem aquelas cuja duração estimada é de menos de dez anos, como os Estados Unidos e o Canadá que, ao mesmo tempo, são grandes consumidores. As reservas de Rússia e China têm um tempo de vida estimado em 15 anos. Esses valores são considerados com base nos índices atuais de exploração.
Os principais países exportadores de petróleo, em 1960, uniram-se em um cartel internacional denominado OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Esse cartel estabelece cotas de produção e de fixação de preços, a fim de evitar a concorrência e a queda acentuada dos valores.
Em 1970, diante do apoio de Estados Unidos e Europa, bem como da passividade da ONU com relação à ação bélica de Israel no Oriente Médio, os membros da OPEP (a maioria do Oriente Médio) diminuíram propositadamente a produção de petróleo e elevou o seu preço, dando origem a uma crise sem precedentes, em 1973, chamada de Crise do Petróleo. Após o fim do impasse e a queda no preço do barril de petróleo, a década de 2000 assistiu novamente à elevação dos preços, em razão da grande procura internacional pelo produto, que aumentou em função do crescimento econômico de países que, até então, não consumiam muita matéria-prima, como Índia e China.