São Paulo

São Paulo é um estado brasileiro localizado na Região Sudeste. É considerado o estado mais rico e mais populoso da federação, além de ser o mais industrializado do país.

Bandeira de São Paulo
Bandeira de São Paulo

São Paulo é um estado brasileiro que está localizado na Região Sudeste. Faz fronteira com Rio de Janeiro (nordeste), Minas Gerais (norte), Mato Grosso do Sul (oeste) e Paraná (sul). É banhado pelo Oceano Atlântico, a leste. A sigla do estado é SP.

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Tópicos deste artigo

Resumo sobre São Paulo

  • São Paulo é o estado mais rico do país, contendo as maiores indústrias e a cidade mais populosa.

  • Faz fronteira com quatro estados brasileiros e é banhado pelo Oceano Atlântico.

  • Paulistas tiveram importância na colonização de terras além do Tratado de Tordesilhas, com a participação dos chamados bandeirantes.

  • Possui uma ampla economia, na qual os três setores (primário, secundário e terciário) se destacam.

  • Em São Paulo está localizado o maior aeroporto do país, o Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos – Governador André Franco Montoro.

  • Foi o primeiro estado brasileiro a receber instalações para emissoras de televisão.

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Dados gerais de São Paulo

  • Região: Sudeste.

  • Capital: São Paulo.

  • Gentílico: paulista.

  • Governo: democrático representativo, com eleições periódicas.

  • Área territorial: 248.219,481 km² (IBGE, 2020).

  • População: 46.289.333 de habitantes (estimativa IBGE, 2020).

  • Densidade demográfica: 166,23 de hab./km² (IBGE, 2010).

  • Fuso: GMT -3, ou seja, atrasado três horas em relação ao Meridiano de Greenwich.

  • Clima: predominantemente tropical, com verões quentes e chuvosos, além de inverno seco e com temperaturas amenas.

Geografia de São Paulo

O estado de São Paulo faz fronteira com quatro estados brasileiros: Minas Gerais (norte), Rio de Janeiro (nordeste), Paraná (sul) e Mato Grosso do Sul (oeste), sendo banhado pelo Oceano Atlântico a leste.

O clima do estado é o tropical, com verões quentes e chuvosos, e invernos amenos e secos. No litoral paulista encontramos o clima tropical litorâneo, que possui baixa amplitude térmica devido à maritimidade. Já nas cidades localizadas em relevos mais elevados, nota-se a presença do clima tropical de altitude.

O relevo se destaca com a presença de planícies litorâneas, com a exceção da Serra do Mar, que se estende de Santos até o estado do Rio de Janeiro. Nessa região nota-se o pico mais alto do estado, a Pedra da Mina, que possui 2.798 m de altitude. É nessa serra que está localizada a nascente do Rio Tietê, um dos principais rios do estado.

Praia de Camburi, em São Sebastião, SP.
Praia de Camburi, em São Sebastião, SP.

Sobre a Serra do Mar, encontra-se a Serra da Mantiqueira, que também possui muitas nascentes e cachoeiras, atraindo quantidade considerável de turistas em busca de natureza e aventuras.

A vegetação é composta, majoritariamente, de Mata Atlântica, que foi bastante desmatada para a construção de cidades e para o plantio do café e da cana-de-açúcar. Pode-se encontrar, além da Mata Atlântica, o bioma Cerrado, mais ao interior. Mangues e restingas estão presentes no litoral do estado.

Além do Tietê, podemos citar os rios Piracicaba, Paranapanema, Grande, Pardo e Mogi Guaçu como os mais importantes do estado de São Paulo.

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História de São Paulo

Antes dos portugueses chegarem ao território paulista, povos indígenas habitavam a região, como tupiniquins e tupinambás. Em termos de colonização, a história paulista teve início em 1532, quando foi fundado o primeiro povoado na Região Sudeste, a Capitania de São Vicente, por Martin Afonso de Sousa, na atual cidade de São Vicente, Baixada Santista.

São Vicente, litoral paulista.
São Vicente, litoral paulista.

O povoamento e colonização da região por parte dos lusitanos aconteceu após sucessivas invasões europeias, o que se estendeu para outras áreas litorâneas, que também foram colonizadas para garantir a posse do território.

No século seguinte, homens paulistas foram em direção ao interior do país em busca de ouro e outros metais preciosos, além de buscarem, também, povos indígenas para serem escravizados no litoral. Esses homens são chamados de bandeirantes. Suas expedições eram chamadas de bandeiras e tinham objetivos econômicos e de expansão territorial.

Os bandeirantes foram responsáveis pela expansão do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas, fundando vilas e povoados ao longo de toda a região oeste, como o estado de Goiás.

No século XVIII, com a descoberta de ouro e metais preciosos na região das Minas Gerais, paulistas e mineiros travaram lutas para a exploração desses recursos. Esses conflitos ficaram conhecidos como Guerra dos Emboabas.

No fim desse século e início do XIX, o estado de São Paulo começou a vivenciar uma grande ascensão econômica com o cultivo do café, principal produto agrícola nacional até então. O cultivo do café desenvolveu a região, com ferrovias, migrações e um incipiente processo urbanístico, que se intensificou no século XX.

Como o café era o principal produto exportado, o estado de São Paulo alcançou uma enorme riqueza, atraindo inúmeros imigrantes do Brasil e de outros países, como japoneses e italianos.

Além da ascensão econômica, o café propiciou para São Paulo um rápido processo de urbanização, que se acentuou com as migrações para o estado. Contudo, essa urbanização ocorreu, em muitas cidades, desordenada, acarretando inúmeros problemas urbanos ao longo do século XX, como poluição de rios, surgimento de favelas e aumento da violência.

Ao fim do século XIX, com a Proclamação da República, dois estados inauguraram uma política que ficou conhecida como Café com Leite, sendo representada, respectivamente, por São Paulo e Minas Gerais.

Essa política gerou uma alternância de poder entre os dois estados e durou até a Revolução de 1930, com a ascensão à presidência de Getúlio Vargas após polêmicas sobre o resultado das eleições daquele ano. Dois anos depois, em 1932, eclodiu em São Paulo a Revolução Constitucionalista, conflito armado entre paulistas e o governo federal.

Esse movimento teve fim com a derrota dos paulistas, que foram reprimidos pelas tropas federais. Contudo, dois anos depois, em 1934, o governo federal promulgou uma nova Constituição, algo que os paulistas de 1932 objetivavam.

Mapa de São Paulo

Mapa do estado de São Paulo.
Fonte: IBGE.

Demografia de São Paulo

A população paulista é a maior do Brasil, com mais de 46 milhões de pessoas, segundo estimativas do IBGE de 2020. Essa população está distribuída em 645 cidades com alto grau de urbanização (95,9%) e industrialização.

Com base nessas estimativas de 2020, as cinco cidades mais populosas do estado são:

  • São Paulo (12.325.232 pessoas);

  • Guarulhos (1.392.121 pessoas);

  • Campinas (1.213.792 pessoas);

  • São Bernardo do Campo (844.483 pessoas); e

  • Santo André (721.368 pessoas).

Vista aérea da capital paulista.
Vista aérea da capital paulista.

Ao longo de sua história, São Paulo foi (e continua sendo) um estado que recebeu inúmeros imigrantes, vindos de todos os cantos do país e do mundo. De acordo com o governo do estado, são mais de 70 nacionalidades presentes no território paulista.

O estado apresenta cidades que possuem ótimas infraestruturas. Com isso, em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano de São Paulo, de acordo com o IBGE, era de 0,783, o segundo maior do Brasil, atrás apenas do Distrito Federal.

Veja também: Como se calcula a densidade demográfica?

Divisão geográfica de São Paulo

O estado de São Paulo é dividido em 645 municípios, em uma extensão territorial de quase 249 mil km², o segundo maior da Região Sudeste. Segundo a divisão regional do Brasil em regiões intermediárias proposta pelo IBGE em 2017, o estado conta com 11 regiões geográficas intermediárias.

As 11 regiões geográficas intermediárias são:

  • São Paulo Limites

  • Sorocaba

  • Bauru

  • Marília

  • Presidente Prudente

  • Araçatuba

  • São José do Rio Preto

  • Ribeirão Preto

  • Araraquara

  • Campinas

  • São José dos Campos

Observe-as no mapa a seguir:

Mapa do estado de São Paulo que apresenta suas regiões intermediárias.
Fonte: IBGE.

Economia de São Paulo

Segundo o governo do estado de São Paulo, a economia paulista responde por 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Devido a isso, São Paulo é considerado o estado mais rico do país, com ampla diversidade de investimentos nos três setores da economia.

De acordo com o IBGE, o estado possui as maiores produções de cana-de-açúcar e de laranja do Brasil, sendo referência internacional nos derivados desses dois produtos, como etanol e suco de laranja.

Campo de cana-de-açúcar em Pederneiras, SP.[1]
Campo de cana-de-açúcar em Pederneiras, SP.[1]

O passado cafeeiro proporcionou ao estado ótimas infraestruturas em termos de transporte e aproveitamento de recursos naturais. Com isso, o processo de industrialização atingiu seu apogeu primeiramente em São Paulo para depois atingir outros estados da federação.

Dessa forma, o território paulista é o que possui o maior parque industrial nacional, com importantes indústrias na região do ABC Paulista, nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Chama a atenção a mão de obra presente no estado, de alta qualificação e bons rendimentos.

Toda essa robustez atrai imigrantes de todos os cantos do país e de outras regiões do exterior até hoje, apesar de o fluxo migratório ter diminuído nos últimos anos devido aos problemas urbanos, em especial da capital.

Os setores secundário e terciário são os principais responsáveis pela composição do PIB estadual, com 25% e 73%, respectivamente. O restante fica por conta da agropecuária, que possui alto grau de modernização e produtividade.

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Governo de São Paulo

O governo paulista é exercido pelo governador do estado, chefe do Executivo local, eleito com eleições realizadas de quatro em quatro anos. A sede do governo do estado se encontra no Palácio dos Bandeirantes, na capital.

O palácio está localizado no bairro do Morumbi, uma área nobre da capital paulista, e foi inaugurado na década de 1960. Além de sede do governo, o palácio também é um museu e abriga uma importante coleção de arte que conta a história do estado. A entrada é gratuita e o funcionamento é de terça a domingo.

Infraestrutura de São Paulo

São Paulo é o estado que detém a maior população do país. Consequentemente, é em São Paulo que está o maior mercado consumidor, o que gera fortes investimentos na infraestrutura do território, com modais interligados para alavancar e facilitar as importações e exportações.

No campo aéreo, os dois maiores aeroportos internacionais em relação à movimentação de passageiros estão em São Paulo: o Aeroporto Internacional de São Paulo – Governador André Franco Montoro, localizado em Guarulhos (região metropolitana da capital), e o Aeroporto de Congonhas, na capital. Além desses, chama a atenção o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, que é destaque nacional na movimentação de cargas.

Mais de dois mil quilômetros de ferrovias estão presentes em São Paulo, conectando as regiões produtoras, como o Centro-Oeste e o Norte, às regiões exportadoras, em especial aos portos de Santos e de São Sebastião.

O Porto de Santos, em 2020, movimentou mais de 146 milhões de toneladas de carga, um recorde extraordinário, com um crescimento de 9,4% se comparado ao ano anterior. Esse desempenho é considerado espetacular, haja vista as restrições impostas pela pandemia do coronavírus desde março de 2020.

Esse porto é peça fundamental à economia brasileira e sul-americana, atuando significativamente nas exportações agrícolas de Goiás e Mato Grosso, além de ser essencial aos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco econômico que envolve países dessa região da América.

A principal hidrovia do estado é a Hidrovia Tietê-Paraná, formada, principalmente, pelos rios Paraná, Tietê e Piracicaba. Os principais produtos transportados por ela estão relacionados à agricultura brasileira, como farelo de soja, soja e cana-de-açúcar. Interligando os estados do centro-sul brasileiro, como Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul, essa hidrovia serve para integrar os mercados do Mercosul.

Ademais, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), São Paulo conta com mais de 80% das rodovias em bom e/ou ótimo estado, um reflexo da pujança econômica presente no estado.

Cultura de São Paulo

A capital paulista foi a primeira cidade brasileira a receber estrutura para a criação de emissoras de televisão no Brasil, na década de 1950. Na época, Assis Chateaubriand fundou a TV Tupi, a precursora de outras que viriam anos depois. De lá pra cá, a televisão é presença marcante na cultura paulista, sendo referência nacional. Emissoras como Rede Bandeirantes, Rede Record, RedeTV e Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) são frutos de São Paulo.

Apesar da forte referência televisiva, o estado também possui outras manifestações culturais. Teatros e museus estão espalhados pelo estado. Vale destacar o Theatro São Pedro, Teatro Sérgio Cardoso e a Sala São Paulo, todos na capital do estado. Em outras cidades, locais como o Teatro Procópio Ferreira, em Tatuí, e o Teatro Maestro Francisco Paulo Russo, em Araras, também merecem destaque.

Historicamente, São Paulo é um museu a céu aberto devido a sua importância para a história brasileira. Além de conhecer nossa história apenas andando pelo estado, museus como o Museu do Ipiranga, Memorial da América Latina, Museu do Futebol e o Museu de Arte de São Paulo (Masp) estão de portas abertas aos amantes do conhecimento histórico.

Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. À frente, o Masp.
Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. À frente, o Masp.

As festividades estão presentes em São Paulo, como a Virada Cultural Paulista, o Festival Campos do Jordão e a Festa do Peão de Barretos, a maior do Brasil. Esses eventos arrastam multidões quando são realizados, contribuindo para a economia regional e o entretenimento de milhares de pessoas.

Crédito da imagem

[1] Murilo Mazzo / Shutterstock

Por: Átila Matias

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