As planícies são uma forma de relevo caracterizada por apresentar uma morfologia pouco acidentada, com altitudes muito próximas, senão iguais, às do nível do mar, não ultrapassando os 200 metros. Os seus terrenos são majoritariamente planos e os processos de acumulação de sedimentos sobrepõem-se aos de deposição. As rochas predominantes são as sedimentares.
As regiões onde se localiza essa forma de relevo costumam ser bastante receptivas às atividades humanas, isto é, não oferecem grandes obstáculos ao desenvolvimento de práticas produtivas, exceto em casos de adversidades climáticas. Por esse motivo, a maioria das civilizações antigas instalou-se em áreas de planícies, geralmente em vales fluviais, a exemplo dos egípcios, que se desenvolveram às margens do vale do Rio Nilo.
Atualmente, mesmo com os avanços tecnológicos que possibilitaram a ocupação humana em outras formas de relevo, as zonas em que as planícies são predominantes costumam ser mais valorizadas e mais procuradas para exercício das atividades econômicas e, inclusive, para moradia.
O grande problema das habitações nas áreas de planície é que parte delas se localiza no leito maior dos rios, uma zona nas áreas de drenagem que só é ocupada pela água fluvial em alguns períodos, o que, às vezes, não é tão frequente. Em função da ocupação desordenada e da falta de planejamento do território, as populações ocupam essas áreas e acabam sofrendo com terríveis inundações, que emergem sobre cidades inteiras.
Inundação urbana causada pela expansão do leito de um rio
A ocupação de áreas de planície é exemplar para destacar a importância dos estudos das formas de relevo para as atividades humanas, pois é sobre a superfície terrestre que o ser humano realiza as suas atividades.