Após a queda do Império Napoleônico em 1815, algumas nações europeias, sobretudo Prússia, Rússia e Inglaterra, procuraram redefinir a ordem mundial. Essa tentativa de redefinição da ordem ficou expressa nas resoluções do Congresso de Viena. Como Napoleão Bonaparte havia expandido seu império para vastas regiões da Europa e também estabelecido influência sobre outros continentes, as diretrizes do Congresso de Viena resolveram que as nações vencedoras das guerras contra Napoleão poderiam também exercer domínios sobre tais regiões.
A partir desse momento e ao longo das décadas do século XIX, essa expansão dos domínios europeus em direção à África e à Ásia tornou-se notória. A Inglaterra, por exemplo, teve o maior império da época. Todo esse processo é comumente denominado pelos historiadores de Imperialismo, e o fenômeno do exercício de influência sobre outros continentes é chamado de Neocolonialismo.
A expressão Neocolonialismo é empregada para diferenciar o que aconteceu no século XIX daquilo que se desenrolou nos séculos XVI, XVII e XVIII no continente americano. O sistema colonial que foi montado por nações ultramarinas, como Espanha e Portugal, a partir da expansão marítima, não se relaciona com o Neocolonialismo, apesar de algumas áreas da África, que eram de influência portuguesa até o século XIX, terem passado aos domínios de outras nações posteriormente.
Os interesses principais das nações imperialistas em outros territórios eram movidos pela necessidade de impulsionar suas respectivas indústrias. A Revolução Industrial, ocorrida primeiramente na Inglaterra, disseminou-se por outros países. Essa disseminação exigiu fontes de matérias-primas, de mercado consumidor e de mão de obra.
Houve então uma corrida de caráter nacionalista e colonialista que objetivava sanar essas necessidades. O processo de ocupação dos territórios foi gradativo. No caso da África, a divisão territorial teve que ser mediada na chamada Conferência de Berlim, realizada entre os anos de 1884 e 1885. Essa conferência estabeleceu a “Partilha da África”, isto é, delimitou as fronteiras pertencentes a cada Estado europeu.
França e Inglaterra ficaram com enormes porções. Mas o caso mais inusitado foi o do rei Leopoldo II, da Bélgica, que transformou o Congo não em uma colônia ou parte do Império Belga, mas em sua propriedade pessoal.
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