Como estudar Matemática para o Enem

Estudar matemática para o Enem nem sempre é uma tarefa fácil, mas é possível começar seguindo passos práticos e bastante válidos para obter sucesso na resolução da prova.

Como se dar bem na prova de matemática do Enem, já que é a disciplina com o maior número de questões? Diferentemente da área de Linguagens e de Ciências da Natureza, que são uma junção de várias disciplinas, a prova de matemática possui 45 questões voltadas exclusivamente para a matéria. Por essa razão, ela garante uma entre as cinco notas do exame.

Para ter sucesso, é preciso conhecer a prova, estudar os conceitos básicos e escolher uma estratégia de estudos efetiva. Também é válido fazer simulações com as provas anteriores e procurar ajuda, se necessário. Não sabe como fazer isso? Então se liga nas dicas que reunimos para você sobre como estudar matemática para a prova do Enem!

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Como estudar Matemática para o Enem

A prova de matemática do Enem possui 45 questões exclusivas da matéria.
  • Conheça a prova e os conteúdos que caem

Antes de sair resolvendo todas as questões que você encontrar, em primeiro lugar é preciso conhecer aquilo que você está prestes a encarar. Com um total de 45 questões, a prova ocorre no mesmo dia em que acontece a prova de Ciências da Natureza e suas tecnologias. Para resolver as duas, o estudante tem um tempo de 5 horas.

O primeiro conselho é não usar calculadora durante seus estudos, pois, durante a prova, ela não é permitida. Assim, ainda que seja uma ótima aliada no dia a dia, essa dependência da ferramenta pode atrapalhar bastante.

As questões de matemática do exame buscam avaliar não só o domínio do conteúdo, mas também se o candidato possui as habilidades e competências exigidas. Assim, é importante ter ciência de que a prova de matemática é construída tendo como base 7 competências e 30 habilidades, que podem ser encontradas na Matriz de Referências de Matemática e suas Tecnologias. Não é necessário decorar cada uma das competências e habilidades, porém é importante perceber que as questões não são puramente conteudistas, o que acontece em outros vestibulares e sistemas de seleção.

Na prova do Enem, não aparecerá um exercício pedindo puramente para que o candidato encontre o valor de “x” na equação, já que o objetivo não é só avaliar conteúdos. Além disso, analisando o nível das questões, são poucas aquelas que cobram temas bastante avançados e, quanto mais específico o conteúdo, menor a chance de cair. O conteúdo de números complexos, por exemplo, nunca apareceu no exame.

Também é fundamental saber realizar uma boa interpretação de texto. Todas as questões apresentam uma situação-problema a ser resolvida por meio da matemática.

A correção das questões do Enem é feita por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI), na qual há uma valorização de questões médias e fáceis. Sendo assim, não vale a pena gastar muita energia com assuntos mais avançados, que são menos recorrentes ou nunca caem, como números complexos, vários tópicos de matriz (inversa, transposta, multiplicação de matrizes), divisões de polinômios, equação de hipérbole ou elipses. Quando esses conteúdos aparecem, normalmente as questões podem ser resolvidas sem utilizar conhecimentos específicos do tema. Tendo isso em vista, não é necessário se ocupar tanto das questões mais difíceis, pois são as questões fáceis e médias que garantem uma boa nota.

Os temas mais recorrentes na prova de matemática são:

Como a prova matemática possui um grande número de questões, então problemas que envolvem o mesmo conteúdo, mas com níveis diferentes, costumam repetir-se. Assim sendo, é bastante comum ter mais de uma questão de cada um desses tópicos.

Leia também: Temas de matemática que mais caem no Enem

  • Estude conceitos básicos

Os conteúdos de matemática respeitam uma hierarquia, que se inicia nas operações básicas. Não é porque é básico que o conteúdo é fácil, então é importante rever o básico, porque muitas vezes o que causa problema nos conteúdos finais é a falta de domínio dos conteúdos iniciais. Muitos alunos possuem dificuldade em probabilidade, por exemplo, por falta de domínio do conteúdo que envolve frações.

Por mais que a gente queira deixar alguns conteúdos de lado, o que é possível pensando no Enem, já que não são todos que caem, a matemática básica não pode ser jogada para escanteio. Questões que precisam só de matemática básica são recorrentes. Além disso, alguns conteúdos um pouco mais avançados tornam-se um problema se você não domina o que é elementar.

O seu ponto de partida deve ser os conceitos básicos para ir progredindo aos poucos, assim você vai acrescentando conteúdos que possuem esses conceitos básicos como pré-requisitos.

  • Escolha uma estratégia de estudo

Estudar quase nunca é uma tarefa fácil, pois, independentemente da estratégia que você vai usar, exige disciplina, rotina e organização. Para escolher uma estratégia, em primeiro lugar é necessário que você conheça:

  • as habilidades de matemática que você acha que já domina;

  • os conteúdos que você tem mais dificuldade;

  • os recursos que você tem para estudar.

Responder a essas três perguntas vai te dar um norte sobre onde começar, para onde você quer ir e como você quer ir.

O meio para a sua aprendizagem é o que chamamos de estratégia. Não existe uma receita que funcione para todo mundo. Há alunos que aprendem melhor com videoaulas, outros aprendem apenas lendo e escrevendo. Se você é uma pessoa que não gosta de aprender por vídeos, por exemplo, há outros recursos digitais, como podcasts ou até mesmo a leitura de textos.

Monte uma rotina de estudos com conteúdos a serem estudados semanalmente, independentemente do meio que você escolher para estudar. A rotina não pode ser muito pesada, a ponto de ser impossível de cumprir, e deve levar em consideração a sua realidade. Utilize um planejamento para se organizar e pense em maneiras de registrar os conteúdos aprendidos, como por meio de mapas mentais, resumos, mapas conceituais etc. O registro é muito importante para que você os reveja quando for necessário.

  • Resolução de simulados das provas anteriores

Resolver questões sobre o tema para fixação é importante, porém, mais importante ainda, é perceber como esses temas são cobrados no Enem. Assim sendo, realizar a resolução das questões anteriores é fundamental para você identificar as suas dificuldades e procurar meios para resolvê-las.

Nesse processo de preparação, avaliar os erros é essencial, pois você consegue avaliar onde estão suas dificuldades, se é na interpretação das questões, no planejamento de uma resolução ou nos métodos para resolução da questão — o que pode dizer muito sobre você e nortear seus próximos planejamentos. A simulação serve para que você trace novas estratégias.

Ao simular resoluções de questões, não se esqueça de que no Enem você terá cerca de 3 minutos por questão na prova. Logo, é importante realizar o treinamento analisando também o tempo que você está levando para resolver as questões.

Acesse também: Quatro conteúdos básicos de Matemática para o Enem

  • Procure ajuda de quem entende

Existem algumas dificuldades nesse processo que alguém da área pode te auxiliar melhor. Então, é fundamental procurar um professor de matemática ou um amigo que entenda do tema para te ajudar a compreender os seus erros e otimizar sua aprendizagem.

Ter acesso a um material de qualidade por meio de um professor de matemática pode ser uma vantagem nessa caminhada, além da importância de uma orientação sobre a profundidade dos conteúdos que caem no Enem, a forma como eles são cobrados etc. Muitas vezes o estudante dá prioridade para tópicos que não são exigidos com a mesma profundidade no Enem. Então, o contato com alguém que conhece bem a prova é uma excelente opção para otimizar os seus estudos.

Por: Raul Rodrigues de Oliveira

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