Xisto

Em razão da crescente necessidade de fontes alternativas que possam substituir o petróleo, o óleo de xisto poderá se tornar um importantíssimo recurso

O xisto, também denominado folhelho betuminoso, é uma rocha sedimentar que resulta de transformações sofridas durante milhões de anos por resíduos vegetais. Estima-se que o xisto tenha em torno de 250 milhões de anos.

Existem dois tipos de xisto, o xisto betuminoso e o pirobetuminoso:

  • Xisto Betuminoso: sua matéria orgânica é um betume, isto é, uma mistura de hidrocarbonetos de massa elevada;
  • Xisto Pirobetuminoso: a sua matéria orgânica é o querogênio, que é uma combinação complexa de carbono, hidrogênio, enxofre e oxigênio.

A matéria orgânica do xisto betuminoso é mais fácil de ser extraída, porque ela se encontra na forma fluida, enquanto que no xisto pirobetuminoso está na forma sólida ou semissólida, à temperatura ambiente.

Assim, ele é um composto intermediário ao carvão mineral e ao petróleo, pois é muito rico em material oleoso, que pode ser uma fonte alternativa de hidrocarbonetos. Ao ser aquecido (pirolisado) a uma temperatura de aproximadamente 500ºC, ele libera óleos e gases que podem ser refinados e que podem dar origem a vários produtos usados pela indústria petroquímica. Veja os principais deles abaixo:

O Brasil é o segundo país com maiores reservas de xisto. A ANP (Agência Nacional de Petróleo) estima que podem ser extraídos, dos depósitos conhecidos em nosso país, 1,9 bilhão de barris de óleo, 25 milhões de toneladas de gás liquefeito, 68 bilhões de metros cúbicos de gás combustível e 48 milhões de toneladas de enxofre. Os estados que possuem essas reservas no Brasil são: São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e, o de maior depósito conhecido, o Paraná (São Mateus do Sul).

Apesar de ser fonte de todos esses hidrocarbonetos, o xisto provavelmente não substituirá o petróleo. O método de extração desses compostos a partir do xisto é muito caro, trabalhoso e dá pouco retorno. Portanto, em relação ao petróleo, seu óleo não é economicamente competitivo.

Todavia, visto que as reservas petrolíferas estão diminuindo e há um elevado consumo de petróleo em todo o mundo, o xisto poderá se tornar, no futuro, uma importante fonte de matérias-primas, que poderão ser utilizadas para gerar energia.

Por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça

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