O Projeto Manhattan foi um programa militar e científico desenvolvido pelo governo norte-americano e que vigorou entre 1942 e 1947. Esse programa foi criado com o objetivo de construir as bombas atômicas, mobilizando milhares de pessoas e sendo o responsável por gastos de dois bilhões de dólares.
Foi iniciado quando o governo norte-americano foi avisado de que os alemães estavam produzindo uma bomba atômica. O cientista que liderou o trabalhou foi o físico Robert Oppenheimer. Ao todo, o projeto construiu três bombas, das quais duas foram lançadas sobre o Japão, em agosto de 1945.
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o Projeto Manhattan
- 2 - O que foi o Projeto Manhattan?
- 3 - Antecedentes históricos do Projeto Manhattan
- 4 - A história do Projeto Manhattan
- 5 - Principais cientistas do Projeto Manhattan
- 6 - Qual foi a primeira bomba atômica?
- 7 - Bombas de Hiroshima e Nagasaki
- 8 - Quais foram as consequências do Projeto Manhattan?
Resumo sobre o Projeto Manhattan
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O Projeto Manhattan foi um projeto do governo norte-americano que tinha o objetivo de construir as primeiras bombas atômicas da história.
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Iniciou-se sob a autorização do presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt.
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Foi motivado pela notícia de que os alemães estavam produzindo sua própria bomba atômica.
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O trabalho científico foi liderado por Robert Oppenheimer.
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Produziu três bombas atômicas, e duas foram lançadas sobre o Japão, em 1945.
O que foi o Projeto Manhattan?
O Projeto Manhattan foi um programa científico e militar promovido pelo governo norte-americano e cujo objetivo era garantir a produção das bombas atômicas. Esse programa funcionou de maneira oficial entre 13 de agosto de 1942 e 15 de agosto de 1947, relacionando-se com o contexto da Segunda Guerra Mundial.
A bomba atômica estava sendo produzida para que pudesse ser usada na guerra em curso, e o governo norte-americano contou com a cooperação do Reino Unido e Canadá no desenvolvimento das bombas. O programa contou com cerca de 100 mil pessoas, e, apesar desse número, ele era altamente secreto.
Foi conduzido pelos militares e mobilizou a quantia de dois bilhões de dólares em valores da época. Quem liderou o trabalho científico no Projeto Manhattan foi o físico norte-americano Robert Oppenheimer. Nesse projeto se produziu três bombas atômicas, duas das quais foram lançadas no Japão.
Antecedentes históricos do Projeto Manhattan
O Projeto Manhattan começou a ganhar forma no ano de 1939, mas entrou em funcionamento efetivo em 1942. A construção das bombas atômicas teve relação com a Segunda Guerra Mundial e foi uma maneira de se antecipar ao projeto atômico desenvolvido pelos alemães.
A ideia era de utilizar a nova arma contra os inimigos dos Estados Unidos no conflito, embora o seu projeto de construção tenha se iniciado antes dos norte-americanos entrarem na guerra. Para que as bombas atômicas fossem produzidas, foi necessário todo o conhecimento que se tinha em Química e Física, explorando os últimos avanços feitos nas duas áreas, como a teoria que comprovou a fissão nuclear.
A história do Projeto Manhattan
O ponto de partida para que o Projeto Manhattan pudesse ser iniciado foi uma carta escrita por Leo Szilard e por Albert Einstein para o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt. Nessa carta, os cientistas informavam o presidente norte-americano de que a Alemanha Nazista havia iniciado um programa para construção de uma bomba atômica.
Na carta, Einstein falava que uma nova bomba de urânio poderia ser fabricada e que ela teria um grande poder de destruição; ainda, sugeriu que a Alemanha estivesse envolvida, orientando o governo norte-americano a não deixar que esse artefato bélico fosse construído primeiro pelos germânicos. A carta chamou a atenção de Roosevelt, e ações foram tomadas.
Em 1939, começaram as pesquisas sobre a viabilidade do urânio para produzir um novo tipo de arma, e, em outubro de 1941, foi oficializada a criação do Projeto Manhattan. O objetivo de produzir a bomba atômica ganhava força nos Estados Unidos, e o governo mobilizou o exército norte-americano para cumprir essa tarefa.
Robert Oppenheimer entrou para o projeto em outubro de 1941, atuando em pesquisas relacionadas à produção da bomba. No ano seguinte, Oppenheimer foi convidado pelo comandante militar do programa, Leslie R. Groves Jr., para assumir o laboratório responsável pela construção da bomba.
Oppenheimer então chefiou uma equipe composta por milhares de cientistas. Ainda em 1942, os dois escolheram o local para construir as instalações que seriam usadas no Projeto Manhattan. Por indicação de Oppenheimer, foi escolhida a região de Los Alamos.
Para o desenvolvimento da bomba atômica, era necessária a obtenção de uma grande quantidade de urânio, sendo preciso o enriquecimento desse elemento para obter-se o urânio-235, que contém matéria físsil, que permite a fissão nuclear. No caso do plutônio, sua obtenção seria pela transformação de urânio-238 em plutônio-238 utilizando reatores.
Principais cientistas do Projeto Manhattan
Alguns dos cientistas que participaram do Projeto Manhattan foram:
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Robert Oppenheimer
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Ernest Lawrence
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Kenneth Bainbridge
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Enrico Fermi
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Arthur Compton
Qual foi a primeira bomba atômica?
A primeira bomba atômica foi a utilizada na experiência Trinity, o teste atômico realizado pelo Projeto Manhattan. O teste aconteceu por indicação de Oppenheimer, nas proximidades de Alamogordo, também no estado do Novo México. Aconteceu na madrugada de 16 de julho de 1945.
A equipe de cientistas do Projeto Manhattan considerou que a experiência foi um sucesso, com a explosão alcançando a potência de 20 quilotons, gerando um cogumelo atômico de 12 quilômetros de altura e sendo percebida a uma distância de até 160 quilômetros do local da explosão.
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Bombas de Hiroshima e Nagasaki
As outras duas bombas atômicas produzidas no Projeto Manhattan foram utilizadas ainda na Segunda Guerra Mundial, sendo lançadas sobre duas cidades japonesas em agosto de 1945. Elas foram o último meio de os Estados Unidos forçarem os japoneses à rendição.
Em julho de 1945, a situação do Japão no conflito era irreparável. O país estava derrotado, porém não se rendia e continuava sofrendo bombardeios pesados dos Estados Unidos. O exército norte-americano estava se preparando para invadir Honshu, a ilha principal do Japão. Essa invasão não era desejada pelos Estados Unidos porque prolongaria a guerra, aumentaria as mortes de soldados norte-americanos e resultaria em mais gastos.
Ainda em julho, os Estados Unidos exigiram a rendição japonesa por meio da Declaração de Potsdam. O Japão não se rendeu, e então as bombas atômicas foram lançadas em Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e em Nagasaki, em 9 de agosto de 1945. O saldo de mortes imediatas às explosões foi de 120 mil pessoas. O Japão rendeu-se em 14 de agosto de 1945, oficializando o ato em 2 de setembro. Caso queira saber mais sobre os efeitos das bombas atômicas no Japão, leia nosso texto.
Quais foram as consequências do Projeto Manhattan?
Dentre as consequências do Projeto Manhattan, destaca-se:
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proliferação das armas nucleares pelo planeta;
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corrida armamentista entre Estados Unidos e União Soviética;
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120 mil mortes em Hiroshima e Nagasaki, imediatamente após as explosões;
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milhares de pessoas sofrendo com as sequelas do contato com a radiação.
Fontes
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