Inquilinismo

O inquilinismo é uma relação ecológica – atualmente considerada como um tipo de comensalismo – em que um indivíduo serve de abrigo para outro.

As plantas epífitas procuram abrigo em outras plantas
As plantas epífitas procuram abrigo em outras plantas

As relações ecológicas ocorrem entre indivíduos de uma mesma espécie (relação intraespecífica) ou entre espécies diferentes (relação interespecíficas) em um determinado ecossistema. Essas relações podem ser benéficas para um ou todos os envolvidos, não causar benefícios ou prejuízos para uma das partes ou, ainda, causar prejuízo para um dos seres que participam da interação. Quando todos os envolvidos são beneficiados ou apenas um organismo é beneficiado e o outro não obtém benefícios ou malefícios, dizemos que a relação é harmônica.

Inquilinismo

O inquilinismo é um exemplo de relação interespecífica harmônica, ou seja, entre espécies diferentes e nenhum organismo sofre prejuízo. Nessa associação, uma espécie fornece abrigo ou suporte (hospedeiro) para outra (inquilino).

Nesse tipo de interação, o inquilino não retira nutrientes ou qualquer outra substância do hospedeiro, que serve apenas como um “lar”. Como não há nenhum prejuízo para o hospedeiro, o inquilinismo diferencia-se do parasitismo.

Exemplos de inquilinismo

O principal exemplo de inquilinismo, sem dúvidas, ocorre entre as plantas epífitas e algumas árvores. Entre as plantas epífitas mais conhecidas, podemos citar as orquídeas e as bromélias, que são vistas frequentemente sobre as árvores. Essa relação é benéfica para as epífitas, pois, em locais mais altos, a captação de luz ocorre de uma maneira mais eficiente.

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Outro exemplo de inquilinismo ocorre entre o pepino-do-mar e o peixe-agulha. Esse último abriga-se no sistema digestório do pepino-do-mar para fugir de possíveis predadores. O hospedeiro, por sua vez, não possui nenhum benefício com a relação, mas também não sofre danos.

O desuso do termo inquilinismo

Atualmente, alguns estudiosos, apesar de não ser consenso, estão considerando o inquilinismo como uma forma de comensalismo. Isso acontece porque, em ambos os casos, apenas um dos envolvidos é beneficiado, não havendo ganho ou perda para a outra espécie. Anteriormente, o comensalismo era usado apenas para as relações em que um organismo aproveitava-se dos restos alimentares do outro. Entretanto, atualmente, recomenda-se utilizar o termo para qualquer relação em que um ser é beneficiado sem causar danos ao outro.

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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