Toxidez dos Compostos Aromáticos

A cola de sapateiro é nociva aos seus usuários pois é rica em compostos aromáticos, que são altamente tóxicos

Os compostos aromáticos* estão presentes em muitas áreas de nosso cotidiano. Em alguns aspectos eles são bem positivos, por exemplo, algumas embalagens e objetos descartáveis que utilizamos no dia a dia, como pratos, talheres, copos, isopor, entre outros, são produzidos a partir de poliestirenos (PS). A principal matéria-prima usada na indústria para a produção de PS é o estireno – composto aromático cuja fórmula está representada abaixo:

No entanto, alguns compostos aromáticos são tóxicos e estão entre as substâncias mais nocivas.  Por exemplo, nas indústrias, os operários podem se intoxicar respirando os vapores desses compostos; como o benzeno. O pior é que muitas vezes a pessoa fica exposta a esses gases e nem percebe seu “cheiro”, porém, se esta situação ocorrer em um tempo prolongado, pode gerar várias doenças, como intoxicação crônica, leucopenia, anemia e até leucemia.

Outro exemplo bastante comum são as chamadas “colas de sapateiro”, que podem causar problemas de saúde não só aos profissionais desta área, mas, principalmente, às pessoas que as usam como drogas. A cola de sapateiro é rica em compostos aromáticos, entre eles temos o hidrocarboneto aromático tolueno (metilbenzeno); aliás, todos os hidrocarbonetos aromáticos são tóxicos.

No Brasil, as colas de sapateiro costumam ter 25% de tolueno.


Principais efeitos da inalação da cola de sapateiro.

Os compostos aromáticos são também cancerígenos. Um dos mais potentes é o benzopireno, que é um hidrocarboneto policíclico aromático (HPA). Os HPAs possuem dois ou mais anéis aromáticos condensados e são formados durante a combustão incompleta de matéria orgânica, como na queima do cigarro, na carne assada na brasa, em carnes e peixes defumados, na incineração do lixo, na fritura de certos alimentos, na queima da madeira, gasolina, óleo diesel, carvão, etc.

Eles são agentes cancerígenos e mutagênicos que são absorvidos pela pele, por ingestão e inalação.

* Para um melhor entendimento sobre o que caracteriza um composto aromático, leia o texto “Hidrocarbonetos Aromáticos e sua Nomenclatura

Por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça

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