Consequências da destruição da camada de ozônio

A destruição da camada de ozônio diminui a nossa proteção contra as danosas radiações ultravioleta.

A luz solar que atinge a Terra possui vários tipos de radiação. Por exemplo, quando essa luz branca atravessa um prisma, ela é decomposta nas sete cores do arco-íris, que compõem um espectro contínuo denominado de região visível. Cada uma dessas cores são radiações eletromagnéticas que apresentam comprimentos de onda diferentes.

Porém, além das radiações visíveis, o sol também emite dois tipos de radiações que não conseguimos enxergar, que são os raios infravermelhos (IV) e os raios ultravioleta (UV). Os raios IV possuem comprimento de onda maior que os UV, ficando acima de 700 nm (até 50 000 nm), enquanto a radiação UV vai de 400 nm a 200 nm.

O comprimento de onda das radiações eletromagnéticas é inversamente proporcional à sua energia. Portanto, as radiações IV são menos energéticas e não são tão preocupantes, pois seu poder de penetração na pele é menor. Já as radiações UV, que possuem comprimentos de onda menores e grande energia concentrada, são mais prejudiciais à nossa saúde, pois podem penetrar na pele e causar queimaduras, além de possuir energia suficiente para ionizar átomos e acelerar certas reações químicas.

A camada de ozônio, além de nos manter respirando, funciona como uma espécie de escudo de proteção da Terra, diminuindo o efeito dessas radiações ultravioleta, pois pode absorver até 99% delas. É interessante também que esse escudo é versátil e eficiente, pois a quantidade de ozônio estratosférico não é fixa, mas é diretamente proporcional à intensidade da radiação UV.

Infelizmente, é bem sabido que o ser humano tem lançado gases na atmosfera que vêm destruindo essa camada de proteção, principalmente os gases CFCs (Clorofluorcarbonetos, também conhecidos como Fréons®), que são usados em compressores para refrigeração doméstica (por exemplo, em geladeiras), para expansão de polímeros e em produtos do tipo spray.

Os níveis de clorofluorcarbonos (CFCs) na atmosfera tiveram um aumento constante durante 50 anos até o ano 2000. O lugar da Terra que mais sofre é a Antártida. Em setembro de 2000, o satélite da NASA de monitoração da camada de ozônio registrou o maior buraco já observado sobre essa região. O buraco mede cerca de 28,3 milhões de quilômetros quadrados, o que é mais de três vezes a área da Austrália e duas vezes maior que a Europa. Isso representou um aumento de 1 milhão de quilômetros quadrados sobre a medição anterior!

Além disso, quanto mais próximo da Linha do Equador, maior é a incidência de radiação UV vinda do espaço.

Isso é muito preocupante por vários motivos, pois só o tempo dirá até que ponto a vida selvagem sazonal da Antártida está sendo afetada. Por exemplo, abaixo temos uma geleira que está derretendo mais rápido do que o normal por causa das mudanças climáticas:

Além disso, a exposição em excesso às radiações UV causa danos acumulativos e irreversíveis aos olhos, à pele e ao sistema imunológico humano. Veja como isso se dá:

  • Olhos:

A exposição prolongada ao sol é a principal causa ou, pelo menos, agravante de cerca de 20% dos casos de catarata no mundo. E a catarata, por sua vez, é a principal causa da cegueira, sendo que cerca de 15 milhões de pessoas no mundo ficaram cegas graças à sua ocorrência. A incidência maior desse problema dos olhos fica nas regiões próximas à linha do Equador.

  • Pele:

As radiações UV atuam na formação de radicais livres no interior das células, altera a textura da pele, enfraquece sua elasticidade, além de levar à flacidez e ao envelhecimento precoce, com o surgimento de rugas prematuras e hematomas com mais facilidade.

Além disso, os raios UV penetram a pele, matando células da camada mais externa, e em camadas mais profundas pode danificar o DNA dos genes que controlam o crescimento e a divisão das células da pele, sendo que nesse caso o resultado pode ser o câncer. Pesquisas mostram que todo ano cerca de 66 mil pessoas morrem vítimas do câncer de pele.


Melanoma – tipo de câncer de pele mais perigoso

  • Sistema imunológico:

A radiação UV divide-se em três faixas de energia distintas: UVA (320 nm a 400 nm), UVB (290nm a 320 nm) e UVC (200 nm a 290 nm). A UVB é a mais danosa e reduz a eficiência do sistema imunológico, isto é, diminui a defesa do corpo contra infecções bacterianas, fúngicas, parasíticas ou virais.

Muitos após se exporem ao sol ficam com pequenas bolhas nos lábios ou herpes simples.

No caso anterior, foi mostrado que o DNA sofre danos diretos e, para agravar ainda mais essa situação, o sistema imunológico não consegue lidar com esses danos, pois também foi prejudicado.

Por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça

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