Rosa Parks

Rosa Parks foi uma ativista negra norte-americana que boicotou a segregação racial em vigor nos Estados Unidos e se tornou símbolo da luta pela igualdade racial.

Estátua de Rosa Parks
A resistência de Rosa Parks contra a segregação racial motivou outros negros a também participarem da luta pelos direitos civis.

Rosa Parks foi uma ativista negra que ficou mundialmente conhecida por não ceder a poltrona de ônibus em que estava sentada para uma pessoa branca, em 1955. Naquela época a segregação racial era regra em muitos estados norte-americanos. Negros eram considerados inferiores e não podiam conviver no mesmo espaço que brancos. Seu gesto de não aceitação à segregação motivou a luta em defesa dos direitos civis e incentivou outros ativistas, como Martin Luther King, a se manifestarem a favor da igualdade racial nos Estados Unidos.

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Rosa Parks

  • Rosa Parks foi uma ativista negra que atuou na luta pelos direitos civis e contra a segregação racial nos Estados Unidos.

  • Ela se recusou a se levantar e ceder a poltrona em que estava sentada em um ônibus na cidade de Montgomery. Sua atitude causou a sua prisão, o que gerou protestos dos movimentos negros.

  • A luta de Rosa Parks serviu de modelo para várias lideranças negras, como Martin Luther King.

Leia também: Luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos

Nascimento e juventude de Rosa Parks

Nascida em 4 de fevereiro de 1913, na cidade de Tuskegee, no estado do Alabama, sul dos Estados Unidos, Rosa Parks se mudou para a cidade de Montgomery, logo após a separação dos seus pais. Ela teve que abandonar os estudos e trabalhar como costureira por causa de problemas de saúde na sua família. Em 1932, ela se casou com Raymond Parks, que participava da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, iniciando sua militância pelos direitos civis.

Ativismo contra a segregação

A segregação racial era regra em Montgomery, ou seja, negros e brancos não podiam compartilhar o mesmo espaço. Havia escolas, restaurantes e transportes separados. Os serviços prestados para pessoas brancas eram mais qualificados do que os oferecidos para os negros. Desde 1900, o transporte público em Montgomery era segregado. Os ônibus tinham poltronas para negros e brancos. Caso o ônibus estivesse lotado, o negro deveria ceder a sua poltrona para o branco. Se não cumprisse essa ordem, poderia ser punido com prisão.

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No dia 4 de dezembro de 1955, Rosa Parks sentou-se na primeira fileira de poltronas reservadas para negros. À medida que o ônibus ia enchendo de passageiros, o motorista James F. Blake percebeu que pessoas brancas estavam de pé e exigiu que Rosa Parks cedesse seu lugar para quem estava de pé. Ela se recusou e permaneceu sentada na poltrona. Blake acionou a polícia e Parks foi presa. A sua prisão provocou uma forte reação do movimento negro. Edgar Nixon e Clifford Durr, representantes da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, pagaram a fiança e Rosa Parks foi liberada no dia seguinte.

Policial realizando identificação digital de Rosa Parks.
A prisão de Rosa Parks provocou uma reação do movimento negro, que se uniu não apenas para pagar a sua fiança, mas para lutar contra a segregação racial.

A resistência de Rosa Parks foi o estopim para manifestações contrárias à segregação racial. Três dias depois da prisão de Parks, foi organizado um boicote ao transporte coletivo de Montgomery. Líderes religiosos, como Martin Luther King, participaram desse evento e entraram para valer nas manifestações contra a segregação e em defesa dos direitos civis. Apesar dessa movimentação dos ativistas negros, a divisão racial continuava e não tardou para que sanções fossem impostas aos seus integrantes. Parks foi vítima de ameaças de grupos de supremacistas brancos e não conseguiu arrumar um emprego. Ela e sua família tiveram que se mudar para várias cidades por causa das perseguições pela luta contra a segregação racial.

Veja também: Malcolm X – um dos principais ativistas em defesa aos direitos civis dos negros nos EUA

Últimos anos de Rosa Parks

Rosa Parks sendo homenageada pelo presidente norte-americano Bill Clinton.
Rosa Parks sendo homenageada pelo presidente norte-americano Bill Clinton.

Em 1992, Rosa Parks escreveu sua autobiografia, chamada “Rosa Parks: minha história”. Ao longo da vida, ela foi homenageada pelo seu pioneirismo na luta contra a segregação racial e na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Dez anos depois, Parks foi despejada do prédio que morava por não ter condições para pagar o aluguel. Essa situação causou comoção nacional e ela teve a dívida perdoada, voltando a viver no mesmo prédio até a sua morte, em 24 de outubro de 2005.

Frases de Rosa Parks

  • “Gostaria de ser lembrada como uma pessoa que queria ser livre, para que os outros também fossem livres”.

  • “Cada pessoa deve viver sua vida como exemplo para os outros.”

Exercícios resolvidos

Questão 1 – Rosa Parks se tornou símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, porque:

A) ela pegou em armas e iniciou uma guerra civil no estado do Alabama contra a segregação racial.

B) fez um acordo pacífico com supremacistas brancos para promover a igualdade entre negros e brancos.

C) recusou-se a ceder a poltrona do ônibus para uma pessoa branca.

D) tornou-se a primeira mulher negra presidente dos Estados Unidos.

Resolução

Alternativa C. Ao se recusar a ceder sua poltrona no ônibus da cidade de Montgomery, Rosa Parks tornou-se símbolo da luta em defesa dos direitos civis e contra a segregação racial nos Estados Unidos.

Questão 2 – Foi um líder religioso negro de grande relevância nos anos 1950 e 1960, atuando contra a segregação racial. Iniciou o seu ativismo pacífico no movimento negro após a resistência de Rosa Parks. Estamos falando de:

A) Martin Luther King.

B) Barack Obama.

C) Malcon X.

D) George Bush.

Resolução

Alternativa A. Martin Luther King era um líder religioso e ficou comovido com a prisão de Rosa Parks por causa da sua recusa em ceder sua poltrona em um ônibus. Essa atitude de Parks motivou King a ser um defensor dos direitos civis e contra a segregação racial.

Por: Carlos César Higa

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