Na primeira metade do século XVII, Portugal deixou de ser subordinado da Espanha e passou por um momento delicado com muitas dificuldades, aumentado ainda mais após a retirada dos holandeses do Brasil decorrente do declínio da atividade açucareira.
No Brasil o bandeirante que obtinha lucros com a mão-de-obra escrava indígena enfrentava a concorrência dos escravos africanos que eram mais viáveis economicamente, favorecendo o declínio da atividade dos bandeirantes e aumentando o tráfico de escravos.
Diante dessa realidade a coroa portuguesa promoveu outra atividade aos bandeirantes, e a principal era de realização de estudos para descobrir jazidas de pedras preciosas, com isso, no final do século XVII, foi desvendada as primeiras jazidas, destacando os estados de Minas Gerais, e posteriormente chegou até Goiás e Mato-Grosso.
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A corrida do ouro
O Brasil chamou atenção para o seu interior, pois foi nessas regiões que, a partir das descobertas das jazidas auríferas pelos bandeirantes, houve uma dispersão da informação por todo o território, atraindo para os respectivos estados um grande número de pessoas de outras regiões brasileiras.
A notícia da descoberta de jazidas de pedras preciosas na Colônia deixou os portugueses aguçados, levando muitos desses a tentar uma nova vida no Brasil, a incidência de migração foi tão grande que as autoridades, a partir de 1720, tornaram restrita a entrada de estrangeiros no país.
Existiam duas maneiras de exploração do ouro ambas com denominações distintas, a faisqueira, na qual a retirada do minério é feita nas margens de córregos e rios, esse nome foi dado devido ao brilho dos ouros maiores que resplandecia ao sol às margens do manancial, o outro processo era denominado de aluvião, a exploração era realizada de forma simples com a utilização de uma espécie de bacia de nome bateia, nesse processo o garimpeiro geralmente trabalhava sozinho.
Já nas lavras a exploração do minério era em grande escala, ou seja, em enormes minas, nas quais era utilizada uma série de instrumentos destinados ao garimpo, esse processo se difere em relação às áreas de exploração, nas lavras o ouro era extraído em vertentes, na base de morros e colinas, a mão-de-obra era predominantemente escrava, essa construía tudo que fosse necessário para a retirada do ouro, desde escavações até os canais que escoavam as águas usadas no processo.
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