Regência republicana de Delfim Moreira

O presidente da regência republicana Delfim Moreira

O presidente Delfim Moreira exerceu um curto mandato na história republicana brasileira, conhecido também como regência republicana. O motivo foi o fato do falecimento de Rodrigues Alves ter ocorrido antes de ele ter assumido o cargo de presidente, para o qual foi eleito em 1918. A legislação da época previa que caso um presidente interrompesse seu mandato antes da metade do tempo previsto, novas eleições deveriam ser convocadas.

Foi o que ocorreu. Rodrigues Alves morreu em decorrência da gripe espanhola, deixando a vaga de presidente para o vice-presidente de sua chapa eleitoral, Delfim Moreira. Bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, Delfim Moreira foi um dos notórios republicanos formados naquela faculdade. Exerceu vários cargos políticos em Minas Gerais, seu estado natal, chegando inclusive ao cargo máximo, o de presidente do Estado.

O curto período de seu governo na presidência foi dedicado a preparar as eleições que iriam ocorrer em 1919. Entretanto, enfrentou sérios problemas decorrentes das lutas por melhorias nas condições de trabalho e vida desencadeadas pelos operários de cidades do estado do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Dias após sua posse, em novembro de 1918, enfrentou uma greve geral na capital da República, Rio de Janeiro, e também em Niterói. No dia 22 de novembro determinou o fechamento de todos os sindicatos, em sua maioria anarquista, como forma de repressão à luta dos operários. A formação do Partido Comunista Brasileiro por militantes operários oriundos do sindicalismo levou, em 1919, o governo de Delfim Moreira a expulsar cem destes militantes do Brasil, afirmando que estavam tramando contra o governo federal.

O presidente manteve o país na Conferência de Paz em Paris, após o término da I Guerra Mundial. Trabalhou pela reforma do estado do Acre, corrigiu o texto do Código Civil de 1916, além de ter decretado a intervenção no estado de Goiás.

Delfim Moreira não chegou a terminar seu curto mandato em decorrência de uma doença que limitava suas capacidades intelectuais. Foi sucedido por Afrânio de Melo Franco, que ficou por dois meses no cargo até a posse de Epitácio Pessoa.

Por: Tales Pinto

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