Alzheimer

Alzheimer é uma doença que afeta, entre outros aspectos, a memória do indivíduo, fazendo com que, aos poucos, ele se esqueça de eventos importantes de sua vida, pessoas e lugares. A doença é altamente debilitante, sendo observada, em estágio avançado, uma total dependência do auxílio de outras pessoas por parte do doente.

Na fase grave do Alzheimer, o paciente pode ter dificuldade para locomover-se, alimentar-se e controlar seus esfíncteres. O Alzheimer não possui cura, entretanto, medicamentos e algumas intervenções não medicamentosas podem retardar o avanço da doença. Sendo assim, o diagnóstico precoce é essencial.

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O que é o Alzheimer?

Alzheimer, doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que foi descrita, no ano de 1906, pelo médico Alois Alzheimer. O médico estudou o caso de uma mulher de 51 anos que perdeu progressivamente sua memória e, aos poucos, foi se tornando incapaz de viver sozinha. Após a morte dessa paciente, o médico estudou o tecido cerebral e conseguiu identificar algumas alterações, hoje sabidamente indicativas de Alzheimer.

No Alzheimer observa-se algumas alterações cerebrais, como o depósito da proteína β-amiloide e emaranhados neurofibrilares.

Uma das partes mais envolvidas no processo neurodegenerativo provocado pelo Alzheimer é a região do hipocampo, a qual está relacionada com o aprendizado e a memória. Dentre as alterações cerebrais observadas nos pacientes com a doença, destaca-se o acúmulo de placas senis decorrentes do depósito da proteína β-amiloide e de emaranhados neurofibrilares. Além disso, verifica-se a diminuição do número de neurônios e de ligações (sinapses) entre essas células, com uma redução do volume do cérebro do paciente.

Quais as causas do Alzheimer?

Apesar de compreender-se bem as lesões provocadas pela doença, não se sabe ainda o motivo pelo qual o Alzheimer desenvolve-se. Alguns fatores de risco estão relacionados com o desenvolvimento da doença, sendo o principal deles a idade.

O Alzheimer acontece, principalmente, após os 65 anos de idade, sendo que o risco de desenvolver-se a doença dobra a cada cinco anos. Ela, no entanto, pode ocorrer antes dos 65 anos, sendo chamada, nesse caso, de doença de Alzheimer de início precoce. Vale salientar, no entanto, que esses casos são raros e apresentam influência genética.

Mulheres têm um risco aumentado de desenvolver a doença, bem como pessoas que apresentam histórico da doença na família. Outros fatores de risco para seu desenvolvimento são hipertensão, obesidade, sedentarismo, diabetes e tabagismo.

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Quais os sintomas do Alzheimer?

Apesar de ser muito confundido com sintomas normais da velhice, o Alzheimer não é um problema inerente à idade. A perda de memória, a desorientação no tempo e espaço, a perda de motivação, a agressividade e os sintomas de depressão devem ser encarados como sinais de alerta e que precisam de atenção.

É importante que os familiares estejam sempre atentos às alterações que ocorrem com os idosos e procurem ajuda especializada ao observar mudanças no comportamento. É importante deixar claro que o paciente nem sempre é capaz de entender essas mudanças e procurar ajuda sozinho.

  • Fases do Alzheimer e seus sintomas 

Muitas vezes, os sintomas do Alzheimer são confundidos como os da velhice.

O Alzheimer é dividido em três fases: leve, moderada e grave. A seguir, descreveremos alguns sintomas de cada uma delas. Entretanto, é importante salientar que muitos deles podem ser observados não exclusivamente em uma fase.

Fase leve: apresenta sintomas que, na maioria das vezes, são ignorados e considerados como um processo normal do envelhecimento. Nessa fase, o indivíduo apresenta perda da memória recente, esquece frequentemente as palavras durante a construção de suas frases, apresenta-se desmotivado, com sinais de depressão e agressivo. Pode-se observar também a desorientação no tempo e espaço.

Fase moderada: quando já é mais facilmente percebido o comprometimento da memória. Fatos importantes da vida da pessoa bem como o nome de pessoas próximas podem ser esquecidos. A pessoa necessita, a partir desse momento, de ajuda para realizar as atividades domésticas e também para sua higiene pessoal. Alterações no comportamento e alucinações podem ser observadas nessa fase.

Fase grave: quando o indivíduo já não consegue reconhecer seus amigos e parentes e lugares que antes frequentava. Pode-se observar dificuldade para entender o que acontece à sua volta, para alimentar-se e até mesmo para locomover-se. Muitos pacientes ficam acamados ou necessitam de cadeira de rodas. Pode ocorrer também incontinência fecal e urinária.

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Como é feito o diagnóstico de Alzheimer?

Para o diagnóstico de Alzheimer, é fundamental procurar-se um médico quando sinais de alerta começarem a surgir. O médico analisará os sintomas do indivíduo e solicitará exames de sangue e imagem, tais como a ressonância magnética do crânio e a tomografia.

É importante salientar que esses exames são feitos com o intuito principal de excluir outras causas que poderiam provocar os mesmos sintomas. Um diagnóstico conclusivo só pode ser feito após a morte do indivíduo, com uma análise detalhada do seu tecido cerebral. Em vida, essa análise poderia acarretar riscos ao paciente, portanto, não é recomendada.

Atenção: Nunca ignore sinais como perda de memória, desorientação no tempo e espaço e dificuldade para tomar decisões e comunicar-se. É importante sempre estar atento e procurar um médico caso essas alterações sejam observadas. Um diagnóstico precoce é fundamental para que se controle o avanço da doença.

O Alzheimer tem cura?

Infelizmente, o Alzheimer é uma doença progressiva que não apresenta cura. Entretanto, existe tratamento, cuja finalidade é garantir uma progressão mais lenta da doença e também aliviar os sintomas apresentados pelo paciente.

O tratamento do Alzheimer é baseado no uso de medicamentos e no tratamento não medicamentoso. No que diz respeito aos medicamentos, eles serão indicados exclusivamente por um médico, e todas as recomendações referentes às doses e aos horários devem ser seguidas de maneira rigorosa. O tratamento não medicamentoso inclui atividades de estimulação da memória e linguagem, por exemplo, além de atividades que proporcionam um melhor convívio social e a realização de exercícios físicos.

É importante destacar que, em cada fase do Alzheimer, o paciente necessita de cuidados diferentes. Além disso, a doença evolui de maneiras diferentes em cada pessoa. De modo geral, em indivíduos em estágios mais avançados da doença, torna-se necessário o acompanhamento contínuo, uma vez que eles não são mais capazes de realizar suas atividades sozinhos e podem colocar sua vida e de outras pessoas em risco.

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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