O alumínio é um metal cujo número atômico é igual a 13 e está situado na família 13 ou III A da Tabela Periódica. Esse metal é conhecido desde a Antiguidade, pois os seus compostos eram usados para as mais diversas finalidades. Por exemplo, o sulfato de alumínio era usado como mordente, isto é, como fixador de corantes em objetos feitos de couro, papel e tecidos.
O sulfato de alumínio é chamado de alumen, uma palavra latina que deu origem ao nome “alumínio”. O primeiro a conseguir isolar o alumínio foi o dinamarquês Hans Christian Ørsted, em 1825. Ele pegou a alumina (óxido de alumínio – Al2O3) e, a partir dela, preparou o cloreto de alumínio (AℓCℓ3(aq)), que, por sua vez, foi tratado com uma liga de potássio e mercúrio, chamada de amálgama de potássio. Desse modo, ele obteve uma liga de alumínio, que foi aquecida sob destilação, evaporando o mercúrio e ficando o alumínio.
Selo impresso na Dinamarca, em 1951, mostra imagem celebrando a vida de Hans Christian Ørsted*
No entanto, na época, essa descoberta não obteve tanta repercussão. Foi apenas em 1827 que o alumínio foi isolado novamente com um método parecido por Friedrich Whöler (1800-1882) e recebeu então uma descrição adequada.
No entanto, esses métodos de obtenção do alumínio eram muito caros e ineficientes. Por isso, hoje se utiliza o Processo de Hall-Héroult, desenvolvido em 1886, em que se obtém o alumínio por meio da eletrólise ígnea de uma mistura de alumina e criolita (Aℓ2O3 + Na3AℓF6).
A alumina é extraída do principal minério do alumínio: a bauxita, formada por uma mistura de óxidos de alumínio, sendo o principal o óxido de alumínio di-hidratado (Aℓ2O3 . 2 H2O) e diversas impurezas.
Minério bauxita natural
Apesar de não aparecer na natureza na sua forma elementar (Al0), o alumínio é encontrado na forma combinada em rochas e minerais, sendo o elemento metálico mais abundante na crosta terrestre (8%). Quando outros elementos químicos que não são metais são levados em consideração, ele é o terceiro mais abundante, correspondendo a 8,3% em massa; ficando atrás somente do oxigênio (45,5%) e do silício (25,7%).
O Brasil constitui a segunda maior reserva de bauxita no mundo (especialmente na região de Trombetas, no Pará, e em Minas Gerais), além de destacar-se no cenário mundial na produção de alumínio. Em 1999, o país foi o terceiro maior produtor, ficando atrás da Austrália e da Guiné. Assim, o alumínio tem um papel muito relevante do ponto de vista social, econômico e ambiental.
Para citar o seu valor econômico, ele é o metal não ferroso mais usado pelo homem. Consideremos os diversos produtos que são constituídos do alumínio ou das suas ligas metálicas (principalmente o duralumínio – liga formada por 95,5% de alumínio, 3% de cobre, 1% de manganês e 0,5% de magnésio):
* Utensílios domésticos (talheres, frigideiras, panelas, garrafas térmicas, entre outros);
* Equipamentos elétricos;
* Móveis;
* Eletrodomésticos;
* Produtos de higiene;
* Embalagens (como sacos de salgadinhos, latas de refrigerantes e tampas de iogurtes);
* No transporte (em carrocerias de automóveis, trens, navios e em aeronaves);
* Em cosméticos e produtos farmacêuticos.
Exemplos de produtos feitos de alumínio
O alumínio é tão usado em virtude de suas propriedades físicas e químicas. Veja as principais na tabela abaixo:
Propriedades físicas e químicas do alumínio.
Agora falando do papel ambiental, uma das principais vantagens da utilização do alumínio em embalagens é a sua propriedade de ser infinitamente reciclável, sem perda de suas propriedades físico-químicas. O Brasil também se destaca nessa questão. Segundo dados de 2010 fornecidos pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o Brasil ficou em 5º lugar na relação entre sucata recuperada e consumo doméstico de alumínio. Em 2011, o Brasil conseguiu reciclar 98,3% de latas de alumínio (Fonte: Abal).
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* Crédito editorial da imagem: Brendan Howard / Shutterstock.com