Ilhas Malvinas

As Ilhas Malvinas compreendem um arquipélago no sul da América do Sul que protagonizou uma disputa entre ingleses e argentinos.

 Bandeira das Ilhas Malvinas, com o símbolo do Reino Unido na parte superior esquerda
Bandeira das Ilhas Malvinas, com o símbolo do Reino Unido na parte superior esquerda

As Ilhas Malvinas – em inglês: Falklands – constituem um arquipélago composto por mais de 200 ilhas que está localizado na América do Sul, a cerca de 465 km da Argentina. Possuem uma área de 12.173 km², onde vivem cerca de 3.200 habitantes que utilizam o inglês como idioma oficial. O local é um território pertencente ao Reino Unido desde o século XIX, quando antes era uma área sob o domínio espanhol. Em 1982, a Argentina reivindicou o território, dando início à Guerra das Malvinas.

Apesar de possuírem um numeroso conjunto de ilhas, as Malvinas são compostas basicamente por duas ilhas principais: Falkland Oriental e Falkland Ocidental, também conhecidas respectivamente como Ilha Soledad e Ilha Grande Malvina. A principal (e também a única) cidade é a capital do protetorado, chamada de Stanley.

Economicamente, as Ilhas Falkland são bastante dependentes de importações, advindas principalmente dos Estados Unidos e da Holanda e mediadas pela Inglaterra. A atividade agrária é um dos principais ramos da economia das Ilhas Malvinas, que ainda contam com uma intensiva atividade pesqueira regional. Essas duas práticas são responsáveis por alavancar praticamente toda a economia local, que praticamente não conta com aparatos industriais. A moeda oficial é chamada de Libras Malvinas, cujo valor vincula-se à Libra Esterlina da Inglaterra.

A história da disputa pelas Malvinas é antiga e vincula-se à era colonial. Em 1822, a Argentina conseguiu sua independência sobre o domínio espanhol, de modo que o governo passou a entender que as Malvinas também faziam parte do território argentino. No entanto, as ilhas passaram a ser ocupadas pelos ingleses desde o ano de 1833, o que sempre gerou certa revolta e indignação por parte da população do país, que nunca reconheceu o arquipélago como parte do Reino Unido.

Tempos depois, em 1982, o então ditador da Argentina Leopoldo Galtiere aproveitou-se dessa situação histórica para tentar reafirmar a supremacia do governo no país, que passava por um período de elevada instabilidade política. Galtiere achava que uma eventual disputa militar pelas Malvinas uniria a população e também considerava que a disputa não seria muito difícil, haja vista que o general argentino contava com um suposto apoio dos Estados Unidos, o que nunca aconteceu.

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Logo após a invasão das ilhas, a então Primeira-ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher, enviou para o local uma força-tarefa composta por quase 30 mil soldados, além de uma poderosa armada muito mais poderosa e tecnologicamente mais avançada do que a rival. Depois de 75 dias de batalhas e mais de 700 soldados mortos em ambos os lados, os argentinos renderam-se, dando fim ao rápido, porém traumático, conflito.

O evento foi um divisor de águas para os dois países envolvidos. Na Argentina, o governo militar afundou-se na crise e abandonou o posto, sendo substituído por um governo civil. Do outro lado, a Primeira-ministra Thatcher encontrou a glória e o apoio necessário para reeleger-se e manter-se no poder.

Os dois países só retomaram relações diplomáticas no início dos anos 1990. No entanto, os argentinos continuam requisitando – pacificamente – o arquipélago como parte de seu território. Os ingleses, por outro lado, não consideram sequer a possibilidade de negociação. As tensões políticas agravaram-se após a descoberta de petróleo nas ilhas em 1998, sendo comuns algumas declarações de ambos os lados que retomam o conflito ocorrido.


Placa colocada em Tierra del Fuego, na Argentina, reivindicando as Ilhas Malvinas

Com o objetivo de diminuir as pressões dos argentinos e acabar com a polêmica – porém, apenas a aumentando –, o Reino Unido realizou um referendo entre a população local para perguntar se os habitantes desejariam continuar sob o domínio britânico. O resultado foi esmagador: 98.8% decidiram pela continuação do panorama atual. No entanto, os argentinos consideraram o referendo ilegal, pois a população atual das ilhas Malvinas é predominantemente de origem inglesa, haja vista que os argentinos possuem restrição de entrada. 

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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