Em todo o planeta, milhares de pessoas são diagnosticadas portadoras de câncer. Infelizmente, muitas delas morrem em pouco tempo após esse diagnóstico, enquanto outras são curadas e conseguem viver por muitos e muitos anos.
O papel da física médica é fazer a balança pender para o lado da sobrevivência, buscando as mais variadas formas de combater essa doença que assombra muitas famílias em todo o mundo.
Tratamentos com raios X e raios gama, em conjunto com a quimioterapia, são bastante utilizados em pacientes com câncer.
A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais ao redor, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada. O bombardeamento das células cancerígenas, por feixes de nêutrons, prótons e píons, está começando a entrar na rotina médica.
A grande questão é o planejamento do tratamento radioterápico, para que a radiação destrua apenas as células doentes do paciente. Mas uma pequena parte da radiação interage com os núcleos atômicos, gerando nêutrons, que, por não terem carga elétrica, têm grande penetração na matéria, provocando danos colaterais em tecidos sadios distantes da região em tratamento.
Em geral, esse é um processo longo e doloroso para o paciente, mas cientistas do mundo inteiro estão unidos para aprimorar a cada dia esse tipo de tratamento, de forma a reduzir consideravelmente os efeitos colaterais por ele causados e chegar, quem sabe, à cura definitiva do câncer.