Diabetes emocional

Diabetes emocional não é um tipo de diabetes. Apesar de ser um termo muito utilizado, devemos ter em mente que problemas emocionais não causam a doença.

Pessoa segurando a cabeça com as mãos e apoiada em mesa, na qual estão aparelho medidor glicêmico, comprimidos, caderno, maçã e caneta
O estresse não causa diabetes, mas pode alterar a glicemia do indivíduo.

Diabetes emocional é um termo usado popularmente para se referir a um caso de diabetes descoberto após uma situação de intenso estresse. O termo, no entanto, não apresenta valor médico, não sendo, portanto, um dos tipos de diabetes oficialmente reconhecidos.

A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda a classificação da doença em tipo 1 (DM1), tipo 2 (DM2), gestacional (DMG) e outros tipos. Vale destacar que, apesar de o estresse não ser responsável por causar o diabetes em si, ele pode alterar diretamente a glicemia, o que faz com que muitas pessoas descubram a doença nessas situações.

Leia mais: 10 dicas para evitar o estresse

Tópicos deste artigo

Resumo sobre diabetes emocional

  • Diabetes é uma doença que se caracteriza pelos níveis elevados de glicose no sangue.

  • O estresse pode afetar diretamente a glicemia de uma pessoa, porém não é responsável por causar um quadro de diabetes.

  • Apesar de muitas pessoas descobrirem que estão com diabetes após uma grave problema emocional, diabetes emocional não existe.

  • Após o diagnóstico da doença, é essencial seguir adequadamente as recomendações médicas, pois trata-se de uma condição que pode levar a complicações graves.

O que é diabetes?

Diabetes é uma doença crônica decorrente de uma deficiência na produção do hormônio insulina e/ou um problema na ação desse hormônio. A insulina é produzida pelas células-beta do pâncreas e atua garantindo a entrada de glicose nas células. Quando há problemas na secreção ou na ação desse hormônio, a glicose permanece no sangue, causando um quadro de hiperglicemia.

Para saber se os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, é necessária a realização de exames laboratoriais. Dentre os exames realizados, destaca-se a glicemia de jejum, o teste oral de tolerância à glicose ou curva glicêmica e a hemoglobina glicada. Após a confirmação de um caso de diabetes, é fundamental inciar imediatamente o tratamento a fim de evitar complicações.

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Diabetes emocional existe?

Diabetes emocional é um termo sem validade na medicina geralmente usado para se referir a um quadro de diabetes diagnosticado logo após uma situação de intenso estresse. Apesar de muitas pessoas diagnosticarem a doença após esses eventos, o estresse não pode ser considerado o causador do diabetes.

Se um paciente descobre que está com diabetes após um grave problema emocional, não se pode ignorar outros fatores relacionados com a doença, como sedentarismo e obesidade. Além disso, o diabetes está relacionado com outros problemas que devem ser averiguados, como a ação do sistema imunológico contra as células produtoras de insulina no pâncreas, responsável pelo desenvolvimento do diabetes tipo 1.

É importante deixar claro também que o estresse pode afetar a glicemia de um indivíduo, provocando, por exemplo, um aumento dos níveis de glicose. É comum que pessoas diabéticas em situações de estresse percebam um maior pico de glicemia nessas situações, o que acaba as levando a denominarem um fator emocional do diabetes.

A Sociedade Brasileira de Diabetes alerta que o estresse pode afetar a glicemia de duas formas:

1. Pessoas estressadas não conseguem se cuidar adequadamente. Podem abusar de álcool ou fazer menos exercício. Podem se esquecer de medir sua glicemia, não conseguir ajustar seu tempo para realizar atividade física ou comer adequadamente.

2. Os hormônios de estresse podem alterar a glicemia diretamente: o estresse mental em DM1 pode se elevar ou diminuir muito a glicemia; em DM2 o estresse tende apenas a elevar a glicemia. Sob estresse físico, como cirurgias ou doenças, a glicemia tende a subir tanto em DM1 quanto DM2.

Leia mais: Sistema endócrino — constituído de glândulas que produzem hormônios, substâncias que influenciam vários órgãos

Quais as causas do diabetes?

Salada, fita métrica e aparelho medidor glicêmico em superfície de madeira pintada de azul
Obesidade e alimentação inadequada estão relacionadas com o diabetes, portanto, é fundamental mudanças no estilo de vida para tratar o problema.

Existem diferentes tipos de diabetes, relacionados com diferentes causas. A classificação baseada na etiopatologia (mecanismo de desenvolvimento da doença) permite dividirmos o diabetes em: tipo 1 (DM1), tipo 2 (DM2), gestacional (DMG) e os outros tipos.

O diabetes tipo 1 ocorre devido à destruição das células produtoras de insulina pelos anticorpos do próprio indivíduo, estado associado, portanto, à autoimunidade. No diabetes tipo 2, o seu surgimento está associado à obesidade e ao envelhecimento, e a doença se caracteriza pela ação dificultada da insulina no organismo. Esse tipo é o mais comum e acomete cerca de 90% dos pacientes diabéticos.

O diabetes gestacional ocorre durante a gestação e apresenta como fatores de risco idade avançada, sobrepeso, casos de diabetes na família, entre outros problemas. Por fim, os outros tipos de diabetes relacionam-se, por exemplo, com defeitos genéticos, doenças que acometem o pâncreas, endocrinopatias e uso de alguns medicamentos.

Leia mais: Glicogênio — importante polissacarídeo de reserva que atua no controle da glicemia e como fonte de energia

Qual o tratamento do diabetes?

Diabetes é uma doença crônica que não possui cura, porém pode ser controlada. O tratamento visa à manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue, e o principal ponto para a garantia do controle da glicemia é a adoção de uma vida mais saudável.

É fundamental que o diabético:

Em alguns pacientes, faz-se necessário o uso de medicamentos e/ou insulina, entretanto, cada situação deverá ser acompanhada por um médico.

Videoaula sobre diabetes mellitus e insipidus

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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