Raios cósmicos

Os raios cósmicos viajam através do universo e atingem a atmosfera terrestre, afetando as telecomunicações e trazendo diversas informações sobre a composição das estrelas.

Os raios cósmicos foram descobertos pelo ganhador do Nobel de Física, Victor Franz Hess*

Descobertos em 1912, os raios cósmicos são partículas altamente energéticas provenientes de fora do sistema solar, podendo vir até mesmo de outras galáxias. Chegam ao nosso planeta com velocidades próximas à da luz (cerca de 3,0.108 m/s) e por todas as direções do espaço em iguais proporções.

Cerca de 90% dos raios cósmicos são átomos de Hidrogênio. Os outros 9% são átomos de Hélio, e o 1% restante é, geralmente, átomos pesados. Vale dizer que o Hidrogênio e o Hélio são os dois elementos mais abundantes do universo.

Origens dos raios cósmicos

Não existe um consenso na comunidade científica em relação à origem dos raios cósmicos, no entanto, indícios sugerem que essas partículas sejam resultantes da morte de grandes estrelas (supernovas). Sabe-se, porém, que alguns raios cósmicos de baixa energia são provenientes do Sol.

Detecção dos raios cósmicos

Existem duas formas de detecção de raios cósmicos: a detecção direta e a detecção indireta.

→ Detecção direta

Quando os raios cósmicos adentram a atmosfera, sua velocidade de entrada é maior que a velocidade da luz nesse meio (em virtude do índice de refração da atmosfera), dessa forma, há a geração de um “flash” de luz, em razão do Efeito Cherenkov. Esse “flash” não é visível a olho nu, mas pode ser observado com o uso de fotomultiplicadores.

→ Detecção indireta

Quando adentram a atmosfera terrestre, além de causarem possíveis danos a equipamentos eletrônicos, como os satélites, os raios cósmicos podem colidir-se com partículas da atmosfera terrestre, o que resulta nos chuveiros de partículas ou chuveiros atmosféricos – um grande número de partículas subatômicas resultantes dessas colisões interagem com os átomos de Nitrogênio presentes na atmosfera, produzindo uma radiação fluorescente, que pode ser facilmente detectada.

Além disso, algumas das partículas produzidas na colisão, como elétrons e pósitrons, são defletidos pelo campo magnético terrestre, produzindo ondas de rádio de frequências específicas (geralmente menores que 100 MHz).

*Crédito da imagem: Sergey Kohl / Shutterstock.com

Por: Rafael Helerbrock

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