Interação gênica

A interação gênica acontece quando dois ou mais genes atuam em conjunto para controlar uma mesma característica. Essas interações podem ser epistáticas ou não epistáticas.

Algumas características são determinadas por mais de um gene

Quando estudamos Genética, costumamos associar apenas um par de genes a uma determinada característica. Entretanto, nem toda característica é determinada dessa forma, havendo geralmente a ação conjunta de dois ou mais genes.

Ao observar uma situação na qual dois ou mais genes, que se encontram ou não no mesmo cromossomo, estão envolvidos na expressão de uma característica, estamos diante da ocorrência de uma interação gênica. Nesses casos, geralmente o padrão hereditário não obedece aos padrões de herança mendelianos.

Tipos de interação gênica

A interação gênica pode ser dividida em dois tipos:

  • Interação gênica do tipo não epistática

Os alelos interagem entre si para formar um fenótipo, entretanto nenhum deles está atuando de forma a impedir a expressão de outro. Como exemplo da interação gênica não epistática podemos citar as cristas de galináceos. Elas podem ser do tipo simples, rosa, ervilha ou noz. Assim, temos os alelos R/r e E/e determinando tais características. A crista simples é observada em indivíduos rree, ao passo que a ervilha é verificada em indivíduos rrEE ou rrEe. Já a crista rosa está presente em indivíduos Rree ou RRee, enquanto a noz pode ser constatada em indivíduos RREE ou RrEe. Portanto, esse é um caso no qual dois genes se complementam para determinar uma característica.

  • Interação gênica do tipo epistática

Ocorre a interação entre alelos, porém um gene em um lócus impede a expressão de outro gene de outro lócus. Essa interação é chamada também de epistasia, sendo o gene inibidor denominado epistático, e o gene inibido, hipostático.

Como exemplo de epistasia podemos citar o caso dos cães labradores. A pelagem preta é dominante (B) sobre a marrom (b). Para ser marrom, o cão deve apresentar genótipo bb, porém isso depende também de um alelo E. O alelo E determina se o cão possuirá ou não a deposição do pigmento preto ou marrom. Caso o cão tenha o genótipo ee, sua pelagem será amarela, independentemente da presença do alelo B/b. Assim sendo, indivíduos BBee e Bbee são amarelos, ao passo que BBEE, BBEe, BbEE e BbEe são pretos, e indivíduos bbEE e bbEe são marrons. Nesse caso, temos que o gene E/e é epistático para o gene B/b.

Para saber mais sobre o tema, leia o texto sobre epistasia.

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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