Muitos homens, e também mulheres, têm dúvidas quanto ao tamanho do pênis interferir no desempenho sexual ou não. Tal questão é permeada de tabus, preconceitos, aspectos emocionais e íntimos, e pressões culturais, geralmente reforçados pela mídia, machismo e senso comum.
O primeiro fator a se analisar é que o pênis apresenta tamanhos consideravelmente diferentes se for comparado o seu estado flácido com o ereto. Além disso, é válido acrescentar que nem todo pênis que se apresenta acima da média, quando flácido, continua com padrões consideravelmente maiores, quando ereto (e vice-versa).
Não há consenso entre quais seriam os parâmetros de tamanhos que se encaixariam na categoria “normal”. No entanto, a fonte de maior credibilidade é a Sociedade Brasileira de Urologia, que aponta que tais valores compreenderiam a faixa entre 7 a 27 centímetros de comprimento, quando ereto, medindo a partir da região em que ele se encontra com o corpo, e não com a pele.
Como a região mais sensível da vagina se encontra nos seus primeiros dez centímetros, tamanhos superiores a este valor não interferem substancialmente no grau de prazer proporcionado à parceira. Por outro lado, muitos homens com o chamado micropênis têm uma vida sexual normal, dando prazer equivalente ou até maior, já que tal ato também é fortemente influenciado por diversos parâmetros, como o fator psicológico, grau de excitação, preliminares, desempenho e a espessura do pênis. No outro extremo, homens muito acima da média, caso não tenham o devido cuidado, podem ferir ou causar incômodo na companheira durante o ato sexual. Além disso, em razão do tamanho exacerbado, o organismo pode levar um tempo maior, ou mesmo apresentar dificuldades, no que diz respeito à irrigação do pênis, interferindo na ereção.
No caso de relações homoafetivas, esse parâmetro é ainda menos significativo, já que a região anal é mais irrigada e bastante flexível.
Assim, podemos concluir que o tamanho do pênis, na grande maioria dos casos, não interfere no prazer individual e do parceiro. Tal preocupação, muitas vezes exagerada, abre espaço para a insegurança e para que inúmeros produtos e fórmulas “milagrosas” (e também enganosas) surjam no mercado, muitas delas oferecendo riscos de saúde. Além disso, a penetração propriamente dita nem sempre é o objeto principal de prazer, nas relações sexuais.
Somente a minoria dos homens que chega aos consultórios médicos, julgando seus respectivos órgãos como sendo pequenos, é que possui pênis realmente assim. Para estes casos, e para aqueles cujo diâmetro também se mostra como uma barreira; existem alguns procedimentos que podem ajudar. Como cada caso é peculiar, e também em razão de alguns apresentarem riscos ao paciente, é necessário que paciente e médico tenham um bom diálogo, e estudem a melhor maneira de tratar a situação. Para alguns homens, ele é unicamente hormonal.