Hipotálamo

O hipotálamo é uma região do sistema nervoso central que desempenha um papel muito importante na manutenção da homeostase do organismo.

O hipotálamo está localizado no encéfalo, próximo ao tálamo e à glândula hipófise (ou pituitária).

O hipotálamo é uma região do encéfalo e faz parte, portanto, do sistema nervoso central. Ele é responsável por regular diversas funções vitais do organismo e garantir que o equilíbrio das atividades corporais seja mantido dentro dos níveis adequados para a manutenção da vida.

Além de atuar na regulação do sistema nervoso autônomo, o hipotálamo funciona como um centro de processamento de informações, realizando a comunicação entre o sistema nervoso central e o sistema endócrino. O hipotálamo age diretamente sobre a hipófise por meio da produção dos hormônios hipotalâmicos, capazes de inibir ou estimular a hipófise na produção de seus hormônios.

Leia também: Quais são os sistemas do corpo humano?

Resumo sobre o hipotálamo

  • O hipotálamo é uma região do sistema nervoso central situada no encéfalo.
  • Possui papel crucial na manutenção da homeostase do organismo, mantendo o funcionamento das atividades vitais dentro dos níveis adequados.
  • Atua na regulação do sistema endócrino e do sistema nervoso autônomo e, portanto, desempenha o controle de vários processos do organismo.
  • Age diretamente sobre a hipófise, estimulando ou inibindo a produção de hormônios por essa glândula.

O que é hipotálamo?

O hipotálamo é uma região muito importante presente no sistema nervoso central localizada, mais especificamente, no encéfalo, próximo ao tálamo e à glândula hipófise (pituitária). Apesar de representar uma pequena porção do encéfalo, o hipotálamo desempenha um papel crucial na regulação de várias atividades do organismo, garantindo a manutenção da homeostase e o desempenho adequado das atividades vitais.

Quais são as funções do hipotálamo?

O hipotálamo funciona como um centro de processamento de informações, realizando a ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino.

O hipotálamo é capaz de regular a atividade de glândulas presentes no corpo, agindo diretamente sobre a hipófise e indiretamente sobre outras glândulas, como as adrenais, as gônadas, a tireoide e as mamárias.

Ainda, o hipotálamo está relacionado ao controle do sistema nervoso autônomo, responsável pelo controle de funções involuntárias do nosso corpo, como a pressão arterial, a frequência cardíaca, a respiração e a digestão.

São exemplos de atividades corporais reguladas pelo hipotálamo:

  • regulação do sistema endócrino;
  • regulação do sistema nervoso autônomo;
  • regulação da temperatura corporal;
  • regulação da ingestão de água e alimentos;
  • regulação dos estados de sono e vigília;
  • regulação das emoções;
  • controle comportamentos sexuais.

Hipotálamo e hipófise

O hipotálamo está diretamente ligado à hipófise (também chamada de pituitária) a partir de uma haste denominada infundíbulo. A comunicação entre essas duas regiões é chamada de eixo hipotálamo-hipófise, pelo qual o hipotálamo estabelece o controle da glândula hipófise e esta, por sua vez, estabelece o controle de outras glândulas do corpo por meio da produção de hormônios.

A hipófise se divide em duas regiões, a neuro-hipófise e a adeno-hipófise, que estão unidas anatomicamente, mas sintetizam hormônios distintos. Os hormônios secretados pela neuro-hipófise (ou hipófise posterior) são sintetizados na região do hipotálamo e depois transportados para a região da neuro-hipófise.

Essa região secreta o hormônio antidiurético (ADH), responsável pelo aumento da reabsorção de água pelos rins, participando do controle da pressão arterial, e também o hormônio denominado ocitocina, que estimula a ejeção do leite nas glândulas mamárias e as contrações uterinas no parto.

Já a adeno-hipófise (ou hipófise anterior), diferentemente da neuro-hipófise, produz seus próprios hormônios, além de armazená-los e secretá-los na corrente sanguínea. Entre os hormônios produzidos na adeno-hipófise estão:

  • Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH): estimula as células do córtex da adrenal a sintetizarem seus hormônios corticoides.
  • Hormônio tireoestimulante (TSH): estimula a tireoide a produzir seus hormônios T3 e T4.
  • Hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH): atuam sobre as gônadas para produzirem hormônios esteroides sexuais.
  • Hormônio do crescimento (GH) ou somatotrofina: atua sobre vários tecidos, como ossos, estimulando seu crescimento.
  • Prolactina (PRL): atua sobre a glândula mamária, estimulando a produção de leite.

A secreção dos hormônios da adeno-hipófise é controlada pelo hipotálamo, por meio dos hormônios hipotalâmicos.

Leia também: Afinal, o que são hormônios e como eles atuam?

Hormônios produzidos no hipotálamo

Os hormônios produzidos no hipotálamo são também chamados de hormônios hipotalâmicos e são produzidos por neurônios situados no núcleo da região. Esses hormônios são depositados na corrente sanguínea através dos vasos sanguíneos que unem o hipotálamo e a hipófise anterior.

Os hormônios hipotalâmicos podem estimular ou inibir a produção dos hormônios produzidos pela hipófise, e por isso são chamados de hormônios liberadores ou inibidores.

Os hormônios hipotalâmicos são:

  • Hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH — growth hormone releasing hormone): induz a produção do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise.
  • Hormônio liberador de tireotrofina (TRH, thyrotropin releasing hormone): estimula a produção do hormônio estimulante da tireoide (TSH), que, por sua vez, induz a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4).
  • Hormônio liberador de corticotrofina (CRH, corticotropin releasing hormone): estimula a produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que, por sua vez, induz a produção de cortisol. 
  • Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH, gonadotropin releasing hormone): estimula a produção de gonadotrofinas, que, por sua vez, induzem a produção de hormônios sexuais pelas gônadas.
  • Hormônio inibidor do hormônio de crescimento (GHIH, growth hormone inhibiting hormone, ou somatostatina): inibe a produção do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise.
  • Hormônio inibidor da prolactina (PIH, prolactin inhibiting hormone, ou dopamina): inibe a produção de prolactina, a qual estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. 
Os hormônios hipotalâmicos são produzidos por neurônios situados no hipotálamo.

Doenças relacionadas ao hipotálamo

O hipotálamo está relacionado à regulação de diversas atividades, e qualquer distúrbio que comprometa o funcionamento adequado dessa região pode afetar o funcionamento das atividades que por ela são reguladas.

Entre algumas doenças relacionadas ao hipotálamo, está a acromegalia, que pode ser desenvolvida por uma disfunção do funcionamento do hipotálamo e que é desencadeada quando os níveis do hormônio do crescimento (GH) estão acima do normal.

Outra condição relacionada é a deficiência em gonadotrofinas, que pode levar a baixos índices dos hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH), que, por sua vez, afetarão a produção de hormônios esteroides sexuais. Ainda, existe a ocorrência de tumores hipofisários, os quais desencadeiam alterações na produção de diversos hormônios.

Fontes

CHARNOGURSKY, G. A.; KARAS, T.; EMANUELE, N. V.; EMANUELE M. A.; NABHAN F. Doenças hipotálamo-hipofisárias. Disponível em: https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/6683751.pdf.

MIDIA ATP USP.  Fisiologia - Capítulo 7: O sistema endócrino. Disponível em: https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana07.pdf.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Hipotálamo. Disponível em: http://fisiovet.uff.br/wp-content/uploads/sites/397/delightful-downloads/2018/06/HIPOT_HIPOF_2014-1.pdf.

MIDIA ATP USP. Aula 9: Eixo hipotálamo-hipófise. Disponível em: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0029/impressos/plc0029_top09_autor.pdf.pdf.

IBB UNESP. Controle sobre os órgãos viscerais: Hipotálamo e SNA. Disponível em: https://www1.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Fisiologia/Neuro/aula26.homeostasiafuncoes_integrativas_hipotalamicas.pdf. 

Por: Nicole Fernanda Sozza

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